CBTU Recife: Treinamento de Procedimentos Operacionais para Central de Monitoramento
O curso abordou temas como procedimentos e práticas para diários relativos a monitoramento de imagens, regras de CFTV, além de resoluções de problemas.
Um click em algum anúncio aparentemente inocente e, nos próximos dias, o usuário das redes sociais percebe que teve sua conta roubada. Esse tipo de crime acontece com cada vez mais frequência. Os golpes virtuais são praticados por grupos que roubam dados pessoais para acessar contas bancárias de terceiros, realizar chantagens ou se passar pela própria vítima para pedir dinheiro em sua rede de contatos.
Mouhamad Almahmoud, especialista em Gestão da Segurança Privada e consultor da Hares, revela que os crimes econômicos ganharam uma nova roupagem nos últimos tempos. O especialista nomeia a atuação desses grupos como “cangaço virtual”. “A pandemia adiantou a bancarização, que é a facilidade de abrir uma conta digital e realizar transações financeiras pelo Pix. Notamos que diminuiu o índice de explosões de caixas eletrônicos e assaltos a carros fortes porque a maior parte das transações financeiras já são digitais. Ou seja, os bancos não são mais atrativos para os criminosos. Eles agem agora no mundo virtual”, explica.
Segundo Mouhamad, os grupos estão se aperfeiçoando, e os usuários das redes sociais precisam estar atentos aos links maliciosos. Em tempos de campanha eleitoral, por exemplo, alguns criminosos podem utilizar formulários semelhantes aos de pesquisas para recolher dados que serão utilizados para cometer os golpes.
O especialista também expõe que é comum os criminosos se passarem por funcionários de bancos para conseguir os dados das vítimas, e alerta que instituições financeiras não pedem que os clientes compartilhem suas senhas. “As senhas bancárias são pessoais e intransferíveis”, ressalta.
Mouhamad conta que uma nova modalidade de crime tem crescido em compras online. Ele explica: “O bandido faz uma compra e manda para o endereço que ele conseguiu em algum banco de dados ou redes sociais. Quando o objeto chega na casa da vítima, o golpista entra em contato e afirma que houve um erro no endereço de entrega e um funcionário da empresa irá até o local para recolher a compra e enviá-la ao endereço correto. Nesse caso, o criminoso se passa pelo funcionário e rouba a vítima dentro da própria casa”, detalha.
Outro crime envolvendo o Pix também tem chamado atenção. Conhecido por “sequestro do Pix”, ocorre quando um grupo identifica perfis que visitam ambientes de luxo e montam um esquema de sequestro. As vítimas são ameaçadas e coagidas a fazerem um Pix de valor alto para o grupo em troca de liberdade.
De acordo com Mouhamad, os golpistas frequentemente utilizam o senso de urgência, gatilho de vantagens ou coação, o uso de violência física ou moral para obrigar a vítima a transferir o dinheiro. Nestes casos, o melhor a se fazer é desligar a ligação ou encerrar a conversa, impedindo o criminoso de dar continuidade ao golpe. Nas redes sociais, o ideal é evitar clicar em links desconhecidos ou anúncios que ofereçam vantagens excessivas. Se algum conhecido estiver enviando links maliciosos ou anúncios incomuns, a indicação é entrar em contato com a pessoa por ligação e perguntar se foi ela mesma quem postou e se a informação é verdadeira. No caso de exposição indevida através de perfis das redes sociais roubados, a sugestão é solicitar que pessoas próximas denunciem a conta fake na própria plataforma. Quanto à vítima, fazer um boletim de ocorrência na delegacia de crimes virtuais garante que ela seja resguardada legalmente.
Confira outras dicas:
O curso abordou temas como procedimentos e práticas para diários relativos a monitoramento de imagens, regras de CFTV, além de resoluções de problemas.